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Mensagem por Eric Qui Out 14, 2010 11:52 am



Como a Esquerda Levou as Coisas Longe Demais
Jan Fleischhauer e Wiebke Hollersen para a Der Spiegel International
A Esquerda alemã tem suas próprias histórias de abusos. Um dos objetivos do movimento esquerdista de 1968 alemão foi a liberação sexual das crianças. Para alguns, isso significava superar todas as inibições sexuais, criando um clima no qual até a pedofilia era considerada progressista.
Na primavera de 1970, Ursula Besser achou uma pasta de documentos estranha na porta de seu apartamento. Não era raro, naqueles dias, as pessoas deixarem coisas na sua porta ou colocarem ítens menores na sua caixa de correio. Afinal de contas, ela era membro da Câmara Estadual de Berlim pelos Cristãos Democratas conservadores. Às vezes, Besser chamava a polícia para examinar um embrulho suspeito; ela sempre tinha o cuidado de se desculpar com os vizinhos pelo distúrbio.
Os estudantes tinham proclamado uma revolução e Besser, viúva de um funcionário, pertencia a uma daquelas forças da cidade que se opunham ferrenhamente às mudanças radicais da época. Três anos antes, quando era uma parlamentar recém-eleita da Câmara Estadual de Berlim, a UCD (União Cristã Democrática) convidara Besser, Ph.D. em filologia, para a Secretaria de Educação. Ela rapidamente ganhou fama de ser ao mesmo tempo direta e combativa.
A pasta continha uma pilha de papéis — os relatórios datilografados diários sobre o trabalho educacional num centro extra-escolar no bairro do Kreutzberg, em Berlim, onde se cuidavam de crianças de 8 a 14 anos, no período da tarde. O primeiro relatório tinha a data de 13 de agosto de 1969 e o último a de 14 de janeiro de 1970.
Mesmo uma folheada superficial no material revelava que o trabalho educacional no centro extra-escolar Rote Freiheit (“Liberdade Vermelha”) era heterodoxo. O objetivo do centro era moldar os alunos em forma de “personalidades socialistas,” e sua missão educacional ia bem além de uma brincadeira supervisionada. A agenda do centro incluía “agitprop” sobre a situação no Vietnã e “brigas de rua,” nas quais as crianças eram divididas em “estudantes” e “policiais.”
Simulando o Coito
As anotações dos educadores indicam que eles davam muita ênfase à educação sexual. Quase todos os dias, os alunos faziam brincadeiras que envolviam tirar as roupas, ler juntos revistas pornográficas e simular o coito.
De acordo com os registros, um “exercício sexual” foi realizado em 11 de dezembro e uma “hora da metida” em 14 de janeiro. Uma entrada de 26 de novembro diz: “Em geral, deitados ali, nós fazíamos, aberta ou veladamente, sugestões sexuais, que então eram expressas em simulações, que Kurt e Rita realizavam juntos na mesa baixa (como um palco) na nossa frente.”
O material apresentou, pela primeira vez, ao grande público um subproduto do movimento estudantil: a liberação sexual das crianças. Besser repassou os relatórios para um editor do jornal Der Abend, de Berlim Ocidental, que publicou trechos do material. Em 7 de abril de 1970, a Câmara Estadual de Berlim discutiu o centro extra-escolar Rote Freiheit. Como depois se soube, o Instituto de Psicologia da Universidade Livre de Berlim estava por trás do centro. Na verdade, o instituto tinha aberto a unidade e fornecido os educadores que trabalhavam lá. Besser agora acredita que foi um empregado preocupado que pôs os relatórios na sua porta.
Alguns dias depois, Besser fez uma visita ao Instituto de Psicologia, no bairro berlinense do Dahlem, “para dar uma olhada no lugar,” como ela diz. No porão, Besser encontrou dois cômodos separados por um espelho grande de permeio. Havia um colchão em um dos cômodos, bem como uma pia na parede e uma fileira de toalhinhas coloridas perto dela. Indagado, um empregado do instituto disse a Besser que o porão era usado como uma “estação de observação” para estudar o comportamento sexual nas crianças.
Embora, de lá para cá, tenha caído no esquecimento, os membros do movimento de 1968 e seus sucessores tinham uma estranha obsessão com a sexualidade infantil. É um capítulo da história do movimento que nunca é mencionado nas narrativas mais entusiasmadas da época. Neste tema, os veteranos do falecido movimento estudantil dos anos 60 parecem ter sido acometidos por amnésia aguda; uma análise desse aspecto da revolução estudantil com certeza valeria a pena.
A Possibilidade de Sexo com Crianças
No debate sobre abusos sexuais, um dos elementos é a confusão sobre onde a linha deveria ser traçada em relação a interações com crianças. É uma confusão que não se limita à Igreja Católica. Na verdade, foi justamente nos assim chamados círculos progressistas que uma erotização da infância e um rebaixamento gradual dos tabus começaram. Foi uma mudança que criou a possibilidade de sexo com crianças.
Os incidentes no Colégio Odenwald, no estado ocidental de Hesse — uma escola sem nenhuma filiação religiosa —, mostraram que havia uma ligação entre os apelos por reforma social e a supressão da inibição. O caso de Klaus Reiner Rohl, ex-editor da revista esquerdista Konkret, também faz pouco sentido sem seu contexto histórico. Os artigos na Konkret que advogavam abertamente o sexo com menores são pelo menos tão perturbadores quanto as acusações das filhas de Rohl, Anja e Bettina, de que ele abusava sexualmente delas, o que Rohl nega.
A esquerda tem sua própria história de abusos, e ela é mais complicada do que parece à primeira vista. Quando os líderes do movimento estudantil do fim dos anos 60 são perguntados sobre ela, eles dão respostas hesitantes ou evasivas. “No cerne do movimento de 1968, houve, de fato, uma falta de respeito pelos necessários limites entre crianças e adultos. Mas ninguém sabe até que ponto esse perigo levou a casos de abuso,” escreve Wolfgang Kraushaar, cientista político e cronista do movimento, em retrospecto.
“Uma falta de respeito pelos limites” é colocar a coisa de forma suave. Pode-se dizer que os limites foram violentamente arregaçados.
A liberação sexual estava no topo da agenda dos jovens revolucionários que, em 1967, começaram a virar a sociedade de cabeça para baixo. O controle do desejo sexual era visto como um instrumento de dominação, que a sociedade burguesa usava para sustentar seu poder. Tudo o que os inovadores percebiam como errado e prejudicial tem suas origens neste conceito: a agressão do homem, a ganância e o desejo de possuir coisas, bem como a disposição para submeter-se à autoridade. Os radicais estudantis acreditavam que só os que se liberavam da repressão sexual podiam ser verdadeiramente livres.
‘Tratamento Hostil do Prazer Sexual’
Para eles, parecia óbvio que a liberação deveria começar numa terna idade. Depois que as inibições sexuais se enraizavam, eles raciocinavam, tudo o que se seguia era apenas o tratamento dos sintomas. Eles estavam convencidos de que era muito melhor impedir aquelas inibições de se desenvolverem, antes de mais nada. Eram raros os textos esquerdistas da época que não abordassem o assunto da sexualidade.
Por exemplo, “Revolution der Erziehung” (“A Revolução na Educação”), um trabalho publicado por Rowohlt, em 1971, que rapidamente tornou-se um bestseller, aborda a sexualidade da seguinte maneira: “A deserotização da vida familiar, da proibição da atividade sexual entre as crianças ao tabu do incesto, serve como preparação para a assimilação total — como preparação para o tratamento hostil do prazer sexual na escola e a subjugação voluntária a um sistema de trabalho desumanizante.”
A edição número 17 da revista cultural Kursbuch, publicada em junho de 1969, descrevia a posição dos revolucionários em termos práticos. Publicada pelo autor alemão Hans Magnus Enzensberger, a edição continha uma reportagem dos membros da Comuna 2, em Berlim, entitulada “Educando as Crianças na Comuna.” No verão de 1967, três mulheres e quatro homens se mudaram para um apartamento em um prédio velho na rua Giesebrecht, juntos com duas crianças pequenas, uma menina de três anos, Grischa, e um menino de 4, Nessim. Para os moradores, a experiência de concubinato era uma tentativa de superar todas as repressões burguesas, que incluíam tudo, de contas bancárias separadas e portas de banheiros fechadas até a fidelidade dos casais e o deselvolvimento de sentimentos de culpa. As duas crianças foram criadas pelo grupo, o que muitas vezes significava que ninguém dava muita atenção a elas. Como os adultos tinham estabelecido como seu objetivo não só “tolerar, mas, de fato, afirmar a sexualidade infantil,” eles não se satisfaziam em simplesmente agir como observadores passivos.
Os membros dessa comuna também sentiam que tinham o dever de registrar por escrito suas experiências, o que explica porque alguns dos incidentes que ocoreram foram confiavelmente documentados. Em 4 de abril de1968, Eberhard Schultz descreve como ele está deitado na cama com a pequena Grischa, e como ela começa a acariciá-lo, primeiro no rosto, depois na barriga e nádegas, e por fim no pênis, até ele ficar “muito excitado” e seu “pau ficar duro.” A garotinha baixa a calça e pede a Schultz para “meter ele dentro,” ao que ele responde que seu pênis é “provavelmente grande demais.” Então ele acaricia a vagina [sic] da garota.
Próxima parte: “Olha, Minha Vagina” — 2 de 3

A Revolução Sexual e as Crianças — Parte 2:

‘Olha, Minha Vagina’
Continuação da PARTE 1 DO ARTIGO
A edição número 17 da Kursbuch continha uma série de fotos em tamanho pôster. Sob a manchete “Peça de Amor no Quarto das Crianças,” ela mostrava Nessim e Grischa, ambos nus. As imagens extra-grandes são do tipo que se esperaria ver em uma revista para pedófilos, hoje — não, com certeza, em uma influente publicação da intelligentsia esquerdista. O subtítulo diz: “Grisha caminha até o espelho, olha seu corpo, curva-se para a frente várias vezes, envolvendo as nádegas com as mãos e diz: ‘Olha, minha vagina.’”
Ulrich Enzensberger, ex-membro da comuna, disse depois que Nessim, de qualquer modo, se lembrava “com horror” dos dias da comuna. Nessim hoje é cientista político em Bremen, enquanto Grischa vive em Berlim e trabalha para uma editora. Nessim e Grischa levaram vidas muito reservadas desde que conseguiram tomar suas próprias decisões. Quando perguntado, Nessim diz educadamente que ele só discute sua infância “e, portanto, assuntos íntimos, com pessoas de confiança.” Grisha, hoje com 46 anos, é igualmente reservada sobre seu passado.
Existe a tentação de minimizar a “peça de amor” na comuna como uma exceção radical de um projeto revolucionário, já que tantos pais esquerdistas não modelaram as próprias vidas nas experiências educacionais da Rua Giesebrecht. Para os contemporâneos, a Comuna 2 foi um projeto piloto de educação anti-autoritária que foi rapidamente seguido por jardins-da-infância nos quais os pais aplicavam as novas idéias na criação dos próprios filhos, primeiro em Frankfurt, Berlim, Hamburgo e Sttutgart e por fim em cidades menores, com Giessen e Nuremberg.
Inicialmente, os pais tratavam de temas práticos, como sobre se deveriam levar os filhos consigo para marchas de protesto. Mas a agenda no fim se voltou para a educação sexual. Nesses jardins-da-infância e creches não-autoritários conhecidos como Kinderladen, nenhum outro assunto era tão amplamente discutido, diz Alexander Schuller, um dos pioneiros do movimento.
Divididos sobre a questão
Em 1969, Schuller, sociólogo, foi um dos fundadores de um Kinderladen no bairro do Wilmersdorf, em Berlim. Como Schuller, os outros pais eram acadêmicos, jornalistas ou funcionários de universidades — decididamente um grupo de clase média alta. Os dois filhos de Schuller, com quatro e cinco anos, na época, cresceram sem as regras costumeiras e as punições de uma creche gerida pelo estado.
Mas os adultos logo se dividiram em relação ao tema do sexo. Alguns estavam decididos a encorajar os filhos a mostrar e tocar os órgãos sexuais, enquanto que os outros se horrorizavam com a idéia.
“Não se falou diretamente sobre isso, mas era claro que, no fim, estava-se cogitando sobre sexo com as duas professoras,” diz Schuller. “Eu achei incrivelmente difícil de me posicionar. Eu sentia que o que estávamos tentando fazer era essencialmente correto, mas, em relação a esse assunto, eu pensava: isso é loucura, isso não está certo. Mas aí eu ficava com vergonha de pensar daquele jeito. Eu acho que muitos estavam na mesma situação.”
Depois de um ano de discussões extenuantes, o grupo mais pudoroso prevaleceu e os pais decidiram que não haveria sexo no Kinderladen.
Hoje em dia, a estimulação dos órgãos sexuais de uma criança por um adulto é vista claramente como violência sexual criminosa. Mas para os revolucionários de 1968, foi uma ferramenta educacional que ajudou a “criar uma nova pessoa,” de acordo com o “Manual da Doutrinação Infantil Positiva,” publicado em 1971. “As crianças conseguem apreciar o erotismo e a relação sexual muito antes de conseguirem entender como uma criança é concebida. Para as crianças, os afagos com adultos são valiosos. Não é menos valioso que ocorram relações sexuais durante esses afagos.”
Educação Constante
O auto-engano desses pais supostamente esclarecidos começou quando eles tentaram impor às crianças um relacionamento sem inibições quanto ao sexo. Em teoria, seu objetivo era capacitar as crianças a agirem de acordo com suas necessidades sexuais. Mas como as crianças não são espontaneamente inclinadas a se tornarem sexualmente ativas na frente dos adultos, elas tinham que ser estimuladas a fazê-lo. Os pais estavam constantemente contando piadas de sexo e usando palavras como “pau”, “bunda” e “vagina.” “Na verdade, meus filhos gostavam muito do jardim da infância,” diz Schuller, “mas achavam a conversa constante sobre sexo horrível.”
Em seu romance “Das bleiche Herz der Revolution” (O Coração Pálido da Revolução), Sophie Dannenberg descreveu de forma chocante o quão angustiante pode ser para as crianças quando seus limites de privacidade são violados. Dannenberg, cujos pais, motivados por sua filiação com o Partido Comunista Alemão, a mandaram para um Kinderladen na cidade ocidental de Giessen, em 1970, usou as histórias contadas por sua mãe e outras testemunhas da época para escrever seu relato sobre uma atmosfera de educação constante.
O material que ela usou inclui um relato de uma Noite dos Pais em que uma das mães disse que tirou a roupa na frente do filho para que ele pudesse “inspecioná-la.” No processo, a mulher abriu as pernas para expor suas partes íntimas para sua inspeção. A brincadeira terminou com o garoto enfiando um lápis na vagina da mãe. Os pais também passaram um bom tempo discutindo se era uma boa idéia fazer sexo com os próprios filhos, de modo a demonstrar a “naturalidade” da relação sexual.
Embora as pessoas que Dannenberg entrevistou não se lembrassem de quaisquer insinuações físicas, elas, por outro lado, descreveram “formas mais suaves de ataque sexual,” tais como exigências intrusivas de que as crianças mostrassem seus corpos nus. No romance, que se baseia na pesquisa de Dannenber, a personagem Simone recebe ordens para tirar a roupa na frente de vários adultos e outras crianças. “Por que você quer se esconder,” diz a mãe, para a diversão das pessoas de pé, em torno, quando a criança instintivamente segura uma almofada em frente de seu órgão sexual. “Isso que você tem aí é uma coisa linda! Mostra pra gente!”
Aventuras
Nenhuma outra cena do livro provocou tantas reações de raiva quanto essa. Dannengerg relata que ela era literalmente silenciada com gritos durante eventos para discutir o livro, sempre que a cena era mencionada. “Mentiras, Mentiras” membros da platéia berraram, numa vez em que ela estava em um painel de discussão com Ulrich Enzensgerger e o lembrou de suas aventuras sexuais na época.
Provavelmente também não foi sempre fácil para os adultos serem tão livres. Nem todo mundo sabia o que fazer quando as crianças passaram, de brincar consigo mesmas, a acariciar os adultos.
Em seu livro autobiográfico de 1975 “Der Grosse Basar” (O Grande Bazar), o político do Partido Verde Daniel Cohn-Bendit descreve suas experiências como professor em um Kinderladen de Frankfurt. Quando as crianças confiadas aos seus cuidados abriam sua braguilha e começavam a acariciar seu pênis, ele escreve, “Eu normalmente ficava muito surpreso. Minhas reações variavam, dependendo das circunstâncias.”

A Revolução Sexual e as Crianças — Parte 3:

'Tá Doendo'
Continuação da PARTE 2 DO ARTIGO
Outros acharam notavelmente mais difícil lidar com a situação. Os registros de um Kinderladen de Stuttgart de dezembro de 1969 incluem a história de uma mãe que de repente viu várias crianças querendo pegar embaixo de sua saia. Quando um dos garotos começou a puxar seus pêlos pubianos, a mulher não estava segura sobre como reagir. Por um lado, ela não queria parecer inibida, mas, por outro, a situação era desagradável para ela. "Tá doendo," ela por fim disse, "não tô gostando disso."
Um relato da socióloga Monika Seifert, que descreveu suas experiências no "Coletivo dos Pais da Escola de Crianças de Frankfurt," na revista Vorgange (trechos da qual apareceram posteriormente na SPIEGEL do outono de 1970), revela como era difícil para os pais decidirem-se por fim entre suas próprias expectativas ideológicas e suas noções de certo e errado.
No relato, Seifert se pergunta criticamente por que, em seu projeto, "nenhum caso de atividade sexual planejada, direta, tentada entre uma criança e um adulto foram observados." É preciso notar que ela vê isto como um fracasso, não um sucesso. Como mãe, Seifert conclui que "as inibições e inseguranças dos adultos" eram provavelmente as culpadas pela passividade deles, e que as crianças provavelmente estavam "suprimindo sua curiosidade a este respeito por causa das reações subconscientes dos adultos."
'Um jogo incrivelmente erótico'
Dá para qualificar o que aconteceu em muitos dos Kinderladen como abuso? De acordo com os critérios aos quais os padres católicos têm sido submetidos, certamente dá, diz Alexander Schuller, o sociólogo. "Falando objetivamente, foi abuso, mas, subjtivamente, não," diz Dannenberg. Por mais bizarro que pareça em retrospecto, os pais aparentemente tinham o bem-estar das crianças em mente, não o próprio. Para os correligionários do novo movimento, a criança não servia como um objeto sexual, um meio para os adultos satisfazerem seus impulsos sexuais. Isto diferencia o abuso politicamente motivado da pedofilia.
Aqui, também, os limites tornam-se pouco claros. Como deveríamos reagir quando Cohn-Bendit escreve, em suas memórias, sobre "garotinhas de cinco anos que já tinham aprendido a se oferecerem para mim?" Esta não foi a única vez em que um político verde falou animadamente sobre suas experiências com crianças. Em uma participação amplamente despercebida na TV francesa em 23 de abril de 1982, Cohn-Bendit, hoje membro do Parlamento Europeu, disse o seguinte:
"Às nove da manhã, eu vou ver meus oito bebezinhos com idades entre 16 meses e 2 anos. Eu lavo seus bumbuns, faço cócegas neles, eles fazem cócegas em mim, e nos abraçamos com carinho... Você sabe, a sexualidade de uma criança é uma coisa fantástica. É preciso ser honesto e sincero. Com as crianças muito novas, não é o mesmo que com as de quatro a seis anos. Quando uma menininha de cinco anos começa a se despir, é ótimo, porque é um jogo. É um jogo incrivelmente erótico."
Cohn-Bendit afrimou, posteriormente, que só estava querendo provocar. Quer acreditemos ou não em suas declarações, o desenvolvimento dos verdes nos anos 80 mostra que sua conversa despreocupada sobre sexo com crianças novinhas terminou por atrair pedófilos de verdade.
Sem Restrições de Idade
Na esteira do incipiente movimento gay, os grupos assim-chamados de Pedos logo apareceram. Pegando a deixa dos homossexuais, eles também alegavam que, como minoria, eles tinham certos direitos. O mais conhecido destes grupos foi a "Comuna Índia," em Nuremberg, um "projeto de vida alternativo" de adultos e crianças. Os "índios", muito pintados e extrovertidos, apareceram na primeira convenção do Partido Verde, na cidade de Karlsuhe, no sul da Alemanha, em 1980, para bater tambor por sua causa, que eles chamavam de "sexo livre para crianças e adultos."
Os verdes não ficaram imunes por muito tempo ao argumento de que o governo não deveria limitar a sexualidade das crianças. Em sua convenção de 1985 em Ludenscheid, a organização estadual dos verdes, no estado ocidental da Renânia do Norte-Vestfália sustentou que a "sexualidade não-violenta" entre crianças e adultos deveria ser em geral permitida, sem quaisquer restrições de idade. "As relações sexuais consensuais entre crianças e adultos devem ser descriminalizadas," escreveu a força tarefa "Crianças e Juventude," do Partido Verde no estado de Baden-Wurttemberg, no sudoeste do país, num jornal de posição, por volta da mesma época . Protestos públicos obrigaram o partido a retirar a declaração do documento.
Durante esta época, nenhum outro jornal ofereceu aos pedófilos um fórum como o Tageszeitung, alternativo e inclinado à esquerda, o que mostra o quão socialmente aceitável esta violação de tabus tinha se tornado na comunidade esquerdista. Em várias séries de artigos, incluindo uma intitulada "Eu Amo Garotos,' e em longas entrevistas, homens tinham a oportunidade de descrever o quanto o sexo com garotos préadolescentes era supostamente lindo. "Havia muita incerteza sobre até onde se podia ir,', diz Gitte Hentchel, co-fundador e, de 1979 a 1985, editor do Tageszeitung. Os que, como Hentschel, se opunham à promoção da pedofilia, foram descritos como "moralistas" — como contrários à liberdade de expressão. "Não existe isto de censura no Tageszeitung," foi a resposta.
Carta Branca
Um dos raros líderes da esquerda que se opuseram terminantemente ao movimento pedófilo logo de início foi o cientista social Gunter Amendt. "Não há equivalência de sexualidade entre crianças e adultos," Amendt disse, expressando sua indignação com o movimento. Alice Schwarzer, fundadora da revista política feminina Emma, também se manifestou contra a minimização do sexo com crianças e o definiu como o que realmente era: abuso puro e simples.
Amendt relembra o quanto foi depreciado como reacionário em panfletos e artigos. "Houve toda uma campanha contra Alice e eu, na época," ele diz. Foi só em meados dos anos 90 que este episódio horrível chegou ao fim. Em 1994, o Pedos apareceu no Tageszeitung pela última vez e até aquela publicação reconheceu que relações sexuais com meninos não eram diferentes das com meninas, as quais, graças ao movimento feminista, há muito tempo são consideradas merecedoras de proteção.
Os revolucionários do final dos anos 60 ainda estão muito longe de enfrentar esta parte de sua história. Quando surgiram perguntas sobre a ligação entre as atividades dos membros do movimento de 1968 e os casos de abuso no colégio Odenwald, os apologistas do movimento foram rápidos em dar carta branca a si-mesmos.
"Acusações tais também são parte de uma tentativa de denunciar o progresso social," escreveu o sexólogo e veterano de 1968 Gunter Schmidt, na Frankfurter Rundschau. "No geral, é mais provável que as mudanças sociais associadas com o número 1968 tenham levado à prevenção de abusos."
Este é um modo muito ameno de relembrar o passado. Certamente, não se aplica a todos os que fizeram parte das experiências educacionais esquerdistas daquela época.
Tradução do alemão por Christopher Sultan.

Fonte : Blog do Júlio Severo

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