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o homem pra chamar de seu
+2
Garou
CROKCO
6 participantes
Página 1 de 1
o homem pra chamar de seu
Achei esse texto interessante. Ele não é um texto pró-machismo nem tem o tom agressivo que vocês gostam, mas é uma "real" para a grande maioria das mulheres. Se alguém tiver saco de ler, é legal.
O homem pra chamar de seu
Por que as mulheres não podem andar pela vida sozinhas?
Ivan Martins
Editor-executivo de ÉPOCA
Certa vez, faz algum tempo, eu estava num show de música quando uma
moça perto do palco gritou umas palavras amorosas para o cantor. Não
me lembro do que ela disse, mas recordo perfeitamente da reação da
minha acompanhante. Ela ajeitou o cabelo, deu um sorriso maldoso e
falou alto o suficiente para que todos em volta escutassem: "Coitada,
acho que não tem homem em casa".
Naquele momento eu percebi duas coisas. Primeiro, como a minha
companheira podia ser cruel quando se tratava de outras mulheres.
Segundo, que a minha presença ao lado dela representava uma espécie de
passaporte. Ao contrário da "coitada" que gritava na beira do palco,
ela tinha um homem em casa.
Tenho falado sobre isso com amigos e amigas e a conclusão é sempre a
mesma: a importância social de ter um par é muito maior para as
mulheres. Homens sozinhos costumam ser infantis e autodestrutivos, mas
transitam socialmente sem constrangimentos. Mulheres sozinhas atraem a
atenção dos chatos e dos críticos – e parecem elas mesmas
desconfortáveis no papel de solitárias. Quando não são claramente
discriminadas.
Uma amiga me disse que quando estava separada não era convidada nem
para as festas dos amigos. As outras mulheres se sentiam ameaçadas por
aquela fêmea bonita e disponível que podia atrair a atenção dos
maridos delas.
Para contornar o preconceito, inventam-se truques. Tenho um amigo
quarentão que vira e mexe é convidado para o papel de "cavalheiro de
companhia". Quando as amigas solteiras têm uma festa de família ou
evento da firma, levam com elas aquele grisalho elegante como uma
espécie de adereço social de 90 kg. Com ele por perto, ninguém vai
dizer que estão sozinhas.
Em outras classes sociais, a situação é diferente, mas parecida.
Tive uma faxineira cujo marido aprontava o diabo – vira e mexe sumia,
enroscado num rabo de saia. A coitada pagava até despacho para ter o
safado de volta. Um dia, cansado de ouvir a mesma queixa, perguntei
por que ela não mandava o sem vergonha passear. "Não posso", ela
disse. "Lá onde eu moro, mulher sem homem em casa perde o respeito."
Talvez ela estivesse exagerando, mas parecia verdade.
Na classe média, a necessidade de proteção não existe. Tampouco existe
a necessidade econômica do provedor. As mulheres trabalham e ganham
cada vez melhor. Por volta dos 30, boa parte delas terá casa, emprego
e independência. Serão lindas e donas do seu nariz. Mas, se não
tiverem parceiro, a vida pode lhes parecer um lixo – embora seja, sob
vários aspectos, melhor que a vida das mulheres casadas, sobretudo as
que têm filhos. Para não estarem sós, mulheres bacanas frequentemente
se sujeitam ao convívio de homens muito abaixo delas em inteligência,
cultura e caráter.
Para ser justo, homens também sofrem de compulsão do acasalamento.
Mesmo o mais insensível garanhão acaba se rendendo à sensação de que
precisa de alguém. Já ouvi de vários amigos, em várias idades
diferentes, que tinham "feito de tudo" e que sentiam vontade de
sossegar. Se eles sossegaram ou não, é outra história. Mas em algum
momento acharam que era necessário.
A diferença, a meu ver, é que nos homens o desejo de formar um casal
parece vir de dentro, é fruto da solidão, enquanto nas mulheres há uma
força importante que age de fora para dentro. Não há o equivalente
masculino de “ficar para tia”. Do contrário: o sujeito que permanece
na farra é visto com inveja pelos outros homens. É o cara que "sabe
viver".
Com as mulheres tudo parece diferente – talvez por culpa delas mesmas.
Talvez as mulheres brasileiras do século 21 devessem aprender a
resistir à pressão social do século 19 para exibir um homem. Por que
elas não podem ir ao bar ou à festa da firma sozinhas? As argentinas
fazem isso. As européias fazem isso. Não há um imperativo biológico de
andar em par.
Outro dia, um amigo que viveu em Angola me contou que lá os homens
poderosos têm, além da mulher, um número elevado de amantes públicas.
Todo mundo sabe e todo mundo aceita. Cada uma das mulheres, eu
imagino, tem o seu pedaço do homem importante, socialmente falando.
Parece coisa de sociedade atrasada. Duvido que acontecesse na
Escandinávia, onde as mulheres têm poder. Talvez seja, na verdade, um
indicador de desenvolvimento social: quanto mais pobre, quanto mais
atrasada uma sociedade, mais a mulher precisa de um homem para chamar
de seu, simbólica e economicamente.
Naquela noite do show, quando a moça gritou e foi tratada com tanto
desprezo, eu saí com a sensação de que a minha companheira era mais
frágil do que eu imaginava. Tive a súbita impressão de que ela
estivera muitas vezes na posição solitária da outra, e que agora,
acompanhada, parecia se vingar com um comentário vulgar. De repente me
pareceu que a mulher que eu imaginava altiva e auto-suficiente era
apenas uma fêmea aliviada por ter um macho para exibir no teatro. Tive
na hora um sentimento forte e confuso que só mais tarde fui capaz de
entender – era vergonha dela.
O homem pra chamar de seu
Por que as mulheres não podem andar pela vida sozinhas?
Ivan Martins
Editor-executivo de ÉPOCA
Certa vez, faz algum tempo, eu estava num show de música quando uma
moça perto do palco gritou umas palavras amorosas para o cantor. Não
me lembro do que ela disse, mas recordo perfeitamente da reação da
minha acompanhante. Ela ajeitou o cabelo, deu um sorriso maldoso e
falou alto o suficiente para que todos em volta escutassem: "Coitada,
acho que não tem homem em casa".
Naquele momento eu percebi duas coisas. Primeiro, como a minha
companheira podia ser cruel quando se tratava de outras mulheres.
Segundo, que a minha presença ao lado dela representava uma espécie de
passaporte. Ao contrário da "coitada" que gritava na beira do palco,
ela tinha um homem em casa.
Tenho falado sobre isso com amigos e amigas e a conclusão é sempre a
mesma: a importância social de ter um par é muito maior para as
mulheres. Homens sozinhos costumam ser infantis e autodestrutivos, mas
transitam socialmente sem constrangimentos. Mulheres sozinhas atraem a
atenção dos chatos e dos críticos – e parecem elas mesmas
desconfortáveis no papel de solitárias. Quando não são claramente
discriminadas.
Uma amiga me disse que quando estava separada não era convidada nem
para as festas dos amigos. As outras mulheres se sentiam ameaçadas por
aquela fêmea bonita e disponível que podia atrair a atenção dos
maridos delas.
Para contornar o preconceito, inventam-se truques. Tenho um amigo
quarentão que vira e mexe é convidado para o papel de "cavalheiro de
companhia". Quando as amigas solteiras têm uma festa de família ou
evento da firma, levam com elas aquele grisalho elegante como uma
espécie de adereço social de 90 kg. Com ele por perto, ninguém vai
dizer que estão sozinhas.
Em outras classes sociais, a situação é diferente, mas parecida.
Tive uma faxineira cujo marido aprontava o diabo – vira e mexe sumia,
enroscado num rabo de saia. A coitada pagava até despacho para ter o
safado de volta. Um dia, cansado de ouvir a mesma queixa, perguntei
por que ela não mandava o sem vergonha passear. "Não posso", ela
disse. "Lá onde eu moro, mulher sem homem em casa perde o respeito."
Talvez ela estivesse exagerando, mas parecia verdade.
Na classe média, a necessidade de proteção não existe. Tampouco existe
a necessidade econômica do provedor. As mulheres trabalham e ganham
cada vez melhor. Por volta dos 30, boa parte delas terá casa, emprego
e independência. Serão lindas e donas do seu nariz. Mas, se não
tiverem parceiro, a vida pode lhes parecer um lixo – embora seja, sob
vários aspectos, melhor que a vida das mulheres casadas, sobretudo as
que têm filhos. Para não estarem sós, mulheres bacanas frequentemente
se sujeitam ao convívio de homens muito abaixo delas em inteligência,
cultura e caráter.
Para ser justo, homens também sofrem de compulsão do acasalamento.
Mesmo o mais insensível garanhão acaba se rendendo à sensação de que
precisa de alguém. Já ouvi de vários amigos, em várias idades
diferentes, que tinham "feito de tudo" e que sentiam vontade de
sossegar. Se eles sossegaram ou não, é outra história. Mas em algum
momento acharam que era necessário.
A diferença, a meu ver, é que nos homens o desejo de formar um casal
parece vir de dentro, é fruto da solidão, enquanto nas mulheres há uma
força importante que age de fora para dentro. Não há o equivalente
masculino de “ficar para tia”. Do contrário: o sujeito que permanece
na farra é visto com inveja pelos outros homens. É o cara que "sabe
viver".
Com as mulheres tudo parece diferente – talvez por culpa delas mesmas.
Talvez as mulheres brasileiras do século 21 devessem aprender a
resistir à pressão social do século 19 para exibir um homem. Por que
elas não podem ir ao bar ou à festa da firma sozinhas? As argentinas
fazem isso. As européias fazem isso. Não há um imperativo biológico de
andar em par.
Outro dia, um amigo que viveu em Angola me contou que lá os homens
poderosos têm, além da mulher, um número elevado de amantes públicas.
Todo mundo sabe e todo mundo aceita. Cada uma das mulheres, eu
imagino, tem o seu pedaço do homem importante, socialmente falando.
Parece coisa de sociedade atrasada. Duvido que acontecesse na
Escandinávia, onde as mulheres têm poder. Talvez seja, na verdade, um
indicador de desenvolvimento social: quanto mais pobre, quanto mais
atrasada uma sociedade, mais a mulher precisa de um homem para chamar
de seu, simbólica e economicamente.
Naquela noite do show, quando a moça gritou e foi tratada com tanto
desprezo, eu saí com a sensação de que a minha companheira era mais
frágil do que eu imaginava. Tive a súbita impressão de que ela
estivera muitas vezes na posição solitária da outra, e que agora,
acompanhada, parecia se vingar com um comentário vulgar. De repente me
pareceu que a mulher que eu imaginava altiva e auto-suficiente era
apenas uma fêmea aliviada por ter um macho para exibir no teatro. Tive
na hora um sentimento forte e confuso que só mais tarde fui capaz de
entender – era vergonha dela.
Convidad- Convidado
Re: o homem pra chamar de seu
O homem é o mais importante na vida da mulher FATO!
Todas as manipulações, joguinhos, artifícios, cosméticos, roupas da moda... Tudo só para ter o melhor homem possível e ficar bem socialmente.
Todas as manipulações, joguinhos, artifícios, cosméticos, roupas da moda... Tudo só para ter o melhor homem possível e ficar bem socialmente.
Garou- Mensagens : 111
Data de inscrição : 14/10/2010
Re: o homem pra chamar de seu
Uma mulher é mais difícil de viver sozinha, pois corre mais riscos, de estupro, falta de proteção, assaltos e etc.
Um homem vive sozinho tranquilamente, e corre até menos riscos do que se estivesse com uma fêmea ao lado. Já que ela começaria com joguinhos de ciúme e o cara poderia levar um tiro por isso por causa dela.
Um homem vive sozinho tranquilamente, e corre até menos riscos do que se estivesse com uma fêmea ao lado. Já que ela começaria com joguinhos de ciúme e o cara poderia levar um tiro por isso por causa dela.
DragãoChinês- Mensagens : 15
Data de inscrição : 14/02/2011
Idade : 38
Localização : Campinas
Re: o homem pra chamar de seu
Parei de ler aí. Texto de merda.Homens sozinhos costumam ser infantis e autodestrutivos
Mas também, o que esperar de Revista Época?
Re: o homem pra chamar de seu
Fabio,
Leia apenas o último parágrafo então.
Leia apenas o último parágrafo então.
Navarre- Mensagens : 571
Data de inscrição : 07/02/2011
Idade : 47
Re: o homem pra chamar de seu
A premissa do texto é boa...o "desenvolvimento" das idéias é que é ruim.
OPontaDeLançaAfricano- Mensagens : 322
Data de inscrição : 09/11/2010
Página 1 de 1
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