A Sociedade Patriarcal

Texto interessante sobre o patriarcalismo que achei por ae

A Sociedade Patriarcal - II


E a família patriarcal era o mundo do homem por excelência. Crianças e mulheres não passavam de seres insignificantes e amedrontados, cuja maior aspiração eram as boas graças do patriarca. A situação de mando masculino era de tal natureza que os varões não reconheciam sequer a autoridade religiosa dos padres. Assistiam à missa, sem a menor manifestação daquela humildade cristã do crente (própria, aliás, das mulheres), assumindo sempre ares de proprietário da capela, protetor da religião, bom contribuinte da Igreja. Jamais um orgulhoso varão se dignaria de beijar as mãos de um clérigo, como o faziam sua esposa e filhas. Nesse universo masculino, os filhos mais velhos também desfrutavam imensos privilégios, especialmente em relação a seus irmãos. E os homens em geral dispunham de infinitas regalias, a começar pela dupla moral vigente, que lhes permitia aventuras com criadas e ex-escravas, desde que fosse guardada certa discrição, enquanto que às mulheres tudo era proibido, desde que não se destinasse à procriação.

Por mais enaltecido que fosse o papel de mãe, um obscuro destino esperava as mulheres. Uma senhora de elite, envolta numa aura de castidade e resignação, devia procriar e obedecer. Com os filhos mantinha poucos contatos, uma vez que os confiava aos cuidados de amas-de-leite, preceptoras e governantas. Sobravam-lhe as amenidades, as parcas leituras e a supervisão dos trabalhos domésticos. Até mesmo as linhas de parentesco, tão caras à sociedade patriarcal, só se tomavam "efetivas" quando provinham do homem. Desse modo, a mulher perdia a consangüinidade de sua própria família de origem, para adotar a do esposo.

"A pátria é a família amplificada. E a família, divinamente constituída, tem por elementos orgânicos a honra, a disciplina, a fidelidade, a benquerença, o sacrifício. É uma harmonia instintiva de vontades, uma desestudada permuta de abnegações, um tecido vivente de almas entrelaçadas. (...) Multiplicai a família, e tereis a pátria". (Ruy Barbosa)

Até meados do século XIX, a casa-grande era o modelo perfeito do fechado mundo patriarcal. A reduzida elite das grandes cidades - comerciantes, profissionais liberais e altos funcionários públicos - transportava esse modelo para os austeros sobrados urbanos: a mulher restringia-se às quatro paredes de sua casa, supervisionando o trabalho doméstico dos escravos (que se alojavam no andar térreo), como a confecção de roupas e a destilação de vinho.

Nos primeiros anos da República, a família patriarcal começa a mostrar sinais de fraqueza. Não que ela fosse incompatível com o novo regime. São as cidades, as novas profissões, a luz elétrica, os bondes, os imigrantes, as lojas comerciais, as indústrias, que ameaçam o patriarca.

Antes, ele podia manter seu extenso clã no mais completo isolamento. Seus agregados, famílias inteiras submetidas a ele, podiam ser ricos ou pobres, não importava, pois eram todos igualmente da grande Família. Trabalhavam em suas terras e obedeciam. Pouco a pouco, o patriarca é obrigado a se relacionar com os outrora indesejáveis elementos "de fora". Os filhos serão matriculados na Faculdade de Direito. Um dia, toma-se mais conveniente que seu primogênito se case, não mais com aquela obscura priminha remediada, mas com a filha de um riquíssimo banqueiro da capital. Ele próprio é forçado a ampliar seus negócios nos centros urbanos, para que seu patrimônio não sucumba à nova maré do progresso. Ele irá aplicar dinheiro em outras atividades, além da fazenda. Chega também o momento de abandonar a casa-grande e se mudar para um palacete na Capital. Talvez seja possível levar junto um parente ou outro, mas o grosso dos leais agregados fica por lá mesmo. E se tornam os "primos pobres" do interior, que, com o tempo, serão cada vez mais pobres e menos primos. O império do patriarca se reduz. Ou, por outra, muda de natureza: agora ele é um industrial, um pioneiro no melhor estilo capitalista, um banqueiro, um grande negociante e também um fazendeiro.

"O mundo patriarcal se resumia na austera casa-grande, cercada de cafezais e terreiros, onde ecoavam as ordem dos capatazes e o burburinho dos escravos. Com os novos tempos, esse mundo irá se ampliar - e o patriarca se mudará com sua família para um palacete na Capital."


Fonte: http://pirini.blogspot.com/2009/03/sociedade-patriarcal-ii.html

Bons tempos.

Não gostei do texto.
Ele mostra uma vida opressora em uma senzala com o seu senhor de engenho e faz referência disso como sendo a imagem do que era o patriarcado (o que não deixa de ser também). Porém, isso é apenas uma parte da sociedade daquela época.

Esse texto parece ter sido escrito por uma feminista, visto o quanto de informação sobre a suposta repressão da mulher se vê nele.

Por mais enaltecido que fosse o papel de mãe, um obscuro destino esperava as mulheres. Uma senhora de elite, envolta numa aura de castidade e resignação, devia procriar e obedecer. Com os filhos mantinha poucos contatos, uma vez que os confiava aos cuidados de amas-de-leite, preceptoras e governantas. Sobravam-lhe as amenidades, as parcas leituras e a supervisão dos trabalhos domésticos. Até mesmo as linhas de parentesco, tão caras à sociedade patriarcal, só se tomavam "efetivas" quando provinham do homem. Desse modo, a mulher perdia a consangüinidade de sua própria família de origem, para adotar a do esposo.

É como se a mulher não existisse, e que quando notada, é para ser huminhada e execrada.

Porém, nós todos sabemos que o mundo delas não era bem assim.

Naquela época, homens eram cavalheiros. Estes mesmos homens as cortejavam incansavelmente, escreviam poesias e canções, e davam sua palavra em amá-las e respeitá-las. Eles as protegiam e cuidavam delas.
Eles eram fiéis e honrados, e exigiam delas não mais do que a mesma fidelidade.
Elas não eram forçadas a trabalhos braçais ou atividades que as exporiam ao ridículo.
Elas viviam como princesas em seus pedestais que os homens proviam de bom agrado. Afinal, era sua afirmação de identidade dedicar-se a prover à sua familia e sua esposa. A satisfação plena de sua mulher era sua meta de vida.

O homem gerenciava a política "externa" a casa, mas a mulher gerenciava a família.
As mesmas mulheres educavam seus filhos homens para serem Homens honrados com o próprio pai, e as filhas para serem mulheres dignas como ela mesma.

Isso é verdade, visto a época do romantismo (literatura, canções, etc) que surgiu nessa época.

Hoje tem "o bonde das vadias na boca da garrafa".

As mulheres de hoje pensam que os homens de antigamente eram alcoólatras que viviam em puteiros enquanto suas pobres esposas sofriam tentando manter a família unida.
Os homens seriam seres vis, egoístas, e dominadores, enquanto as mulheres eram pobres coitadas defensoras dos valores mais altos de castidade e dedicação familiar. (cof cof cof)

Essa é a total distorção da história. É assim que começa a distorção de valores.
Elas eram princesas tratadas como deusas imaculadas pelos homens.

O que mudou é que elas agora são putas interesseiras que querem continuar sendo tratadas como eram antigamente.

Algum cavalheiro se habilita?

"Vários CSPs levantam as mãos para a alegria da vadiada"